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Notícia

Táticas para fazer seu filho comer tudo


Quinta-Feira, 29 de Setembro de 2016 às 00:00

Táticas para fazer seu filho comer tudo

Por Nani Escosteguy

Macarrão do Homem-Ferro, panqueca do Hulk, legumes de dinossauros? essas são exemplos de alegorias que funcionam como táticas para alguns pais e mães. O objetivo é claro: garantir que o filho coma e que a refeição aconteça em paz.

Desde crianças que nunca foram boas de garfo até aquelas que sempre comeram bem, não é incomum encontrar desabafos de pais  preocupados com a alimentação. Na maior parte das vezes, não passa de uma fase.

Segundo a nutricionista infantil Karine Durães, uma criança seletiva é aquela que retirou do cardápio todo um grupo alimentar ? frutas, verduras ou legumes, por exemplo ? e tem grande dificuldade em mudar a situação. Antes de ficar preocupada demais, a família precisar ter paciência e ficar atenta para alguns detalhes que podem ajudar a reverter o quadro. "Todas as crianças passarão por momentos de selecionar seus alimentos. Adultos também fazem isso.?, completa Karine.

Faça o que eu digo não faça o que eu faço

Os pais são os maiores motivadores para as crianças. Não dá para esperar que o filho coma salada, legumes e vegetais se o prato do resto da família não possuir esses alimentos. É preciso dar o exemplo na prática. Crianças podem comer os mesmo alimentos que os adultos ? salvo exceções alérgicas. Sendo assim, fazer as refeições juntos, compartilhando o mesmo cardápio é um ótimo incentivador para aguçar a curiosidade dos pequenos em experimentar novos sabores.

Observar

É importante estar atento à saúde e às fases da criança. Se ela estiver doente, por exemplo, seu apetite ficará prejudicado. É natural que coma menos. Sair da rotina, fazer um intervalo pequeno entre as refeições e agrados como biscoito fora de hora podem atrapalhar.

Os pequenos também passam por algumas etapas naturais do crescimento que por vezes mexem no apetite. Aos dois anos, por exemplo, com a explosão da fala, as crianças passam a testar a comunicação e a se expressar mais. Começa a aparecer o gosto/não gosto, o bom/ruim, "É comum aparecer o "Eca?, "verde não?, explica Karine, "Ao mesmo tempo, essa é uma fase de imaturidade natural da criança. Essa imaturidade faz ela mudar de ideia momentos depois.?. Assim, os pais podem sofrer com os pedidos insistentes por determinada comida, que, ao chegar à mesa, é veemente rejeitada.

A nutricionista ressalta que é importante não valorizar o "eca? e continuar colocando no prato o alimento rejeitado, deixando que a criança separe se não quiser comer. "O desafio é aceitar e continuar oferecendo, sempre.?, completa.

Não forçar

Forçar uma criança a comer dificilmente trará bons resultados, principalmente a longo prazo. Ela não aprende a se alimentar e acaba consumindo o alimento pelas razões erradas. "A criança sabe sobre seu apetite desde que nasceu ? mamando em livre demanda. Se ela se enganar e comer pouco, vai sentir mais fome para a próxima refeição. Tudo bem isso acontecer!?, conta Karine.

Ameaças, subornos e distrações

Com o cansaço e a pressão do dia a dia, muitos pais acabam sugerindo trocas envolvendo o almoço ou jantar. "Pode ver televisão se comer tudo?, "vamos ao parque se limpar o prato? e outras negociações funcionam para a refeição do momento, porém não ajudam a educar o paladar. "A criança não aprende a provar aquilo porque gostaria de provar, e sim para ganhar algo.?, explica Karine.

Comer em frente à televisão, tablets ou celulares também é altamente não recomendado. O perigo é que, além de não mastigar corretamente a comida, a criança para de ouvir seu corpo e entender quando está de fato satisfeita.

Quem já viu criança quieta?

Esperar que os filhos fiquem sentados na mesa durante todo o tempo é o mesmo que entediá-los. Normalmente eles querem sair, buscar um brinquedo, ir até outro cômodo. O importante é deixar a criança ir e vir, sempre estimulando-a a ficar. O prato, por exemplo, não sai da mesa. Karine tem uma sugestão: "Outra boa dica é usar um timer (desses de cozinha), pedir para ela ficar enquanto o timer não toca e ir aumentando o tempo aos poucos.?

Um passo de cada vez

Se faz algum tempo que a criança não consome determinado alimento, a melhor ferramenta é a aproximação. A cenoura, por exemplo, aparece na mesa e no pratos dos adultos, que valorizam verbalmente a comida com frases do tipo: "hmm, que cenoura deliciosa e crocante!?. Então ela começa a aparecer no prato da criança, deixando-a livre para não comer se não quiser.

Vale explicar aos filhos que faz parte do trabalho dos pais servir uma refeição gostosa e completa. Karine também sugere que é importante "passar a manter no prato, todos os dias, uma quantidade muito pequena do alimento, sempre variando as preparações e buscando combinar com preparações que a criança já aprecia. Exemplo: se ela gosta de omelete, fazer uma parte do omelete com o vegetal que se quer introduzir?.Segundo a nutricionista, os primeiros resultados podem vir em uma semana aproximadamente. "Mas precisa ser seguro e firme?, finaliza.

Educar para uma boa alimentação é um processo como escovar os dentes; todos dias é preciso pedir para a criança escovar os dentes. Ela reclamam, mas escovam. Um pouco de comida no prato e conversas sobre o assunto têm bons resultados com o tempo. Assim, um dia, a criança acaba comendo, experimentando, descobrindo prazer na hora das refeições. "E essa preferência vai se manter para o resto da vida.?, conclui Karine.

 
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